De caixas de sapatos a fraldas, embalagens de remédios e pacotes de delivery, o nosso uso de papel é diverso, e por muitas vezes passa despercebido. Contudo, dados do setor de Papel e Celulose mostram o Brasil ocupando a 10º posição em produção de papel no mundo e a 2º em exportação de celulose.
Confira nesta matéria sobre o segmento de papel e celulose,saiba o que é a celulose, veja mais dados sobre o setor, conheça um pouco mais sobre seu processo produtivo, desafios e oportunidades sobre sustentabilidade.
Mas afinal o que é a Celulose?
A celulose é uma molécula química formada por uma cadeia complexa de açúcares (glicose) e está presente na estrutura das paredes celulares das plantas
A celulose compõe cerca de 33% de toda a matéria vegetal do planeta e cerca de 90% do algodão e 50% da madeira são celulose.
A celulose possui um papel importante na indústria, após a sua extração a matéria-prima da qual são feitos produtos de papel, tecidos, fraldas descartáveis, papelão ondulado, materiais de construção, cosméticos, fármacos e combustíveis, e muitas outras possibilidades ainda estão surgindo. Também é muito importante para a medicina e tem muitos usos na indústria farmacêutica, além de fazer parte de revestimento de comprimidos e cápsulas.
Com tantas aplicações, o material tem grande importância econômica no mundo. O setor de celulose e papel no Brasil contribui com 1,2% para o Produto Interno Bruto nacional.
Dados sobre o setor
De acordo com o IBA (indústria brasileira de árvores), em 2019 o setor de papel e celulose representava 1,2% do PIB. Atualmente ocupa a 10º posição em produtor de papel no mundo.
Em 2020 ocupou o pódio de 2º produtor mundial de celulose atingindo 21 milhões de toneladas produzidas, obtendo o crescimento de 6% comparado ao ano anterior.
Ainda em 2020 foi um dos maiores exportadores de celulose do mundo, ficando atrás apenas dos EUA. O que representa 70% da produção brasileira.
As projeções de crescimento entre 2021 e 2031 ultrapassam 25%, 21.843 mil toneladas em 2021 para 26.597 mil toneladas em 2031.
Processo Produtivo
A celulose foi usada já em 105 DC. na China quando T’sai Lun inventou o papel. Na época não se sabia exatamente o que era, mas seu uso já era empregado no dia a dia.
Apenas em 1838 que o químico francês Anselme Payen descobriu a celulose e foi ele quem determinou sua fórmula química (C6H10O5).
Com a descoberta da fórmula química, o manuseio da celulose começou a melhorar, e outras tecnologias e usos surgiram a partir disso.
A utilização da celulose é aplicável em diversos segmentos industriais como, a indústria têxtil e farmacêutica, além do consumo de papel para embalagens em geral. E, possui uma ligação direta com a indústria química.
O seu processo de extração e transformação é extremamente ligado a processos químicos e mecânicos. Com características de plantas industriais de grande porte com predominância em equipamentos de grande porte e modernos.
Veja abaixo um esquema simplificado as etapas de seu processo produtivo:
Sustentabilidade
O setor brasileiro de papel e celulose passou a ser referência em todo o mundo a partir de sua qualidade de matéria prima certificada e uma base florestal de origem sustentável.
As condições do solo e clima, contribuem para tal referência mundial em produtividade de plantios florestais.
Entretanto, foram décadas de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de técnicas de manejo florestal; interferências genéticas e práticas sustentáveis.
Recursos Hídricos
A indústria de celulose e papel é um grande usuário de recursos hídricos.
Principalmente em seus processos importantes como o de “cozimento” que consiste na transformação da madeira em celulose. Com elementos químicos, pressão e temperatura pré-estabelecidas em torno de 170ºC e costuma ter uma duração de aproximadamente 120 minutos, o material é submetido a um processo de limpeza meticuloso, retirando todas as impurezas.
Porém após este processo é devolvido em média 82% da água entrando em um rigoroso processo de tratamento e limpeza dentro das Estações de Tratamento de Efluentes (ETE).
Matriz energética
Obviamente com todo crescimento demonstrado, o segmento de papel e celulose passa a ter maior representatividade no consumo energético industrial de forma geral. Passando de 5% em 1970 para 16% em 2020.
Uma grande instalação de produção de celulose e papel tem uma capacidade anual de produção de entre 1 e 2 milhões de toneladas e consiste em um processo muito complexo que inclui o “cozimento” como citamos acima.
A partir deste processo é gerada uma substância líquida rica em sódio e compostos orgânicos conhecida como lixívia, utilizada na queima para funcionamento de em caldeiras.
Esse segmento apresenta um dos melhores índices de recursos renováveis de energia, acima de 85%, tornando-se um grande exportador desta energia. A longo prazo, a oferta de energia renovável e sua contribuição para a segurança energética do país deverão aumentar, com a construção de novas fábricas de celulose.
Soluções para se tornar um segmento ainda mais sustentável
Apesar do Segmento de Papel e Celulose estar em um patamar de 85% em produção e consumo de energia renovável, ainda sim, o consumo energético do setor tem forte expressão, com mais de 16% de representatividade do total industrial do Brasil.
Sendo assim, não se descarta a importância da adoção de medidas de eficiência energética.
E, é neste momento, que a Conexled se orgulha em fazer parte deste objetivo mundial preservando os recursos do meio ambiente.
Com soluções em iluminação LED dedicadas ao setor, compatíveis com o seu processo produtivo complexo, proporcionando maior segurança, redução de manutenções e principalmente, reduzindo o consumo de energia em até 60%.
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